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CRA: conheça as vantagens do título que auxilia investimentos no agronegócio

29/8/2022

Isento de tributação para pessoa física, o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) é utilizado para financiar toda a cadeia agroindustrial: antes, dentro e depois da porteira

Nesta publicação você lerá sobre:

  • As principais estruturas utilizadas para um CRA;
  • O perfil indicado de investidor que quer apostar nessa modalidade;
  • Como esse título auxilia no financiamento de toda a cadeia do agro: antes, durante e depois da porteira;
  • Breve recomendações de como começar a investir em um CRA: quais caminhos devo seguir?

O Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) é um título de crédito emitido exclusivamente por securitizadoras e que tem por objetivo financiar o setor agropecuário em todas sua cadeia, conhecido por: antes, durante e depois da porteira.

Um dos pontos positivos desse título é que ele pode ser estruturado de acordo com as necessidades do produtor ou da empresa — nesse sentido, a figura que irá ceder seus recebíveis ou emitir um título de dívida para servir de lastro ao CRA.

Quais são as estruturas possíveis de um CRA?

Embora exista uma infinidade de estruturas possíveis, há duas características principais relacionadas ao lastro de uma operação de CRA. Ele pode ser diversificado ou corporativo:

CRA Diversificado: Geralmente dividido entre dois e 100 devedores ou pulverizado (acima de 100). Nesse caso, existe um limite máximo estabelecido para cada devedor dentro da operação, que normalmente é de 3%.

Dinâmica de funcionamento de um CRA diversificado

Os lastros possíveis, bem como formas de proteção e análise de risco para essas estruturas estão resumidos no quadro abaixo.

Diferenças entre CRA's diversificado e corporativo

Qual o perfil de investidores?

Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio são mais indicados para investidores que querem aplicar visando o longo prazo. Apesar de existirem CRA com vencimentos de 180 dias, é mais comum que esses títulos possuam prazos alongados, com média de 3 a 5 anos, mas podendo chegar a 15 anos. Geralmente, quanto maior for o prazo, maior será o risco da operação, e, portanto, maior a rentabilidade da aplicação.

Além disso, o investidor pode mitigar riscos avaliando as características do título, como o rating da empresa devedora e/ou da operação. Há, ainda, títulos emitidos com seguro de crédito.

O rating é uma nota que as agências de classificação de riscos dão para companhias ou operações com base na chance de pagamento da dívida.

Além disso, é importante que o investidor leia o prospecto ou os documentos da oferta disponibilizados pela securitizadora e o coordenador líder. Esses documentos contêm todas as informações sobre a oferta, como: valor da emissão, nome da companhia, estrutura da securitização, garantias, classificação de risco, remuneração, data de vencimento, entre outras coisas.

O que um CRA pode financiar?

A emissão de um CRA tem como objetivo financiar a produção, operação, compra e manutenção de maquinários e distribuição de produtos do agronegócio. Os recursos obtidos com o CRA devem ser destinados ao financiamento de produtores rurais, ainda que outras empresas da cadeia do agronegócio possam intermediar o financiamento. Essas empresas são comumente classificadas como “antes, dentro e depois da porteira”.

Cadeia produtiva do agronegócio: Antes, durante e depois da porteira

Como funciona a remuneração de um CRA?

A remuneração de um CRA pode estar atrelada a diferentes indexadores, sendo que os mais comuns são o IPCA e o DI, geralmente acrescidos de uma sobretaxa.

É possível investir nesse certificado por meio de:
– Uma corretora;
– Diretamente com o emissor; ou
– No mercado secundário.

Vale lembrar que o CRA é um título isento de IOF e de imposto de renda sobre os rendimentos para o investidor pessoa física, o que contribui para o aumento da procura por esse investimento.

Redação VERT

Palavras-chave

agro, securitização, agronegócio, título de dívida

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