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Institutional

VERT emite R$ 6,4 bilhões no primeiro semestre de 2022

15/7/2022

O montante é 56% maior do que o captado em mesmo período no ano passado

A VERT emitiu no primeiro semestre de 2022 mais de R$ 6,4 bilhões em operações de crédito estruturado, o montante — que está distribuído em 38 emissões — é 56% maior do que o captado em mesmo período no ano passado (R$ 3,8 bi). Com isso, a empresa chega ao seu sexto ano com mais de R$ 36,6 bilhões emitidos e sob gestão, distribuídos entre CRA, CRI, FIDC e Debêntures.

Martha de Sá, CEO da VERT, declara que o bom desempenho da empresa durante os primeiros meses do ano pode ser explicado por alguns fatores principais “no primeiro semestre tivemos novas emissões de clientes recorrentes, além de emissões com valores altos”. A CEO também menciona que a popularização da debênture financeira como instrumento de securitização colaborou com o resultado.  

De acordo com levantamento realizado pela Distrito, por meio da plataforma Dataminer Score (DMS), Agibank e Creditas estão entre as dez maiores fintechs do Brasil. As duas são clientes da VERT, sendo a Agibank a cliente mais recente, com uma emissão de debênture de R$ 1,6 bilhão em janeiro deste ano. A Creditas, por sua vez, é parceira da empresa desde 2018, tendo realizado, até o momento, 21 operações de CRI e quatro FIDCs. Apenas no primeiro semestre de 2022, foram mais de R$ 735 milhões captados. No total, já são mais de R$ 2,8 bilhões.  

A empresa também está expandindo sua atuação para além das fintechs de crédito, como é o caso da debênture emitida em conjunto com o BNDES para a Solfácil — primeira plataforma digital para financiamento de energia solar no Brasil. A operação foi rotulada como Green Bond pela natureza do projeto, que financia energia solar nas regiões Norte e Nordeste do país.  

Outra emissão com foco ESG foi a debênture da Mottu, a empresa de aluguel de motos tem como objetivo auxiliar entregadores que possuem dificuldade de acesso a crédito para financiar a compra de veículo. Com a intenção de colaborar com os clientes na adesão da agenda ESG e, ao mesmo tempo, levar mais segurança para os investidores, a VERT criou este ano uma área com foco em questões Ambientais, Sociais e de Governança.  

Apesar dos números positivos da empresa no nicho de startups, o cenário nacional de investimentos privados no setor está passando por um momento de queda.  

Segundo dados da Distrito, os aportes em startups brasileiras recuaram 44% no primeiro semestre — foram captados US$ 2,92 bilhões de janeiro a junho de 2022, enquanto no mesmo período em 2021 foram US$ 5,25 bilhões. No entanto, quando estendemos a comparação para os anos de 2019 e 2020, o cenário se ajusta. No ano inteiro de 2019, o setor captou US$ 2,7 bilhões. E em 2020, o total foi de US$ 3,5 bilhões. Considerando a conjuntura macroeconômica, os dados dos seis primeiros meses deste ano estão dentro do que já era previsto pelo mercado.  

Martha de Sá explica que essa retração se deve ao fato de que 2021 foi uma exceção. “O que estamos vendo agora são ajustes de valuation, rodadas postergadas e canceladas. Além de carteiras de crédito com maior inadimplência e testes de estruturas”, declara.  

Em análise publicada pela Distrito, a redação pontuou que momentos de baixa dentro de ciclos econômicos são passageiros e que já é esperado que investidores fiquem apreensivos, empresas tenham que segurar caixa e empreendedores enfrentem mais dificuldades em cenários globalmente complexos. Porém, o texto também ressalta que "boas empresas, com boas ideias e um modelo de negócio sólido que tem perspectiva de caixa e um produto ou serviço capaz de gerar externalidades positivas na sociedade sempre serão almejadas e visadas pelos investidores”.

A CEO da VERT destaca iniciativas que garantem o bom posicionamento da empresa dentro do nicho, “a VERT possui um know how (conhecimento e experiência) consolidado no mercado, além disso, as startups são um grupo que tende a fazer emissões recorrentes. Temos clientes que começaram com emissões pequenas e, após ganharem confiança do mercado e adquirirem histórico, retornaram para fazer operações maiores”.

Marlana Zanatta Rodrigues

Palavras-chave

emissões, mercado de capitais, CRA, CRI, FIDC, Debêntures

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