Volume emitido pela empresa é é 311% maior do que o captado em mesmo período no ano passado
VERT emitiu no terceiro trimestre de 2022 mais de R$ 11,5 bilhões em operações de crédito estruturado, o montante — que está distribuído em 17 emissões — é 311% maior do que o captado em mesmo período no ano passado (R$ 2,8 bi). Com isso, o valor total emitido e sob gestão da VERT chega a R$ 51,1 bilhões, distribuídos entre CRA, CRI, CR, NC, FIDC e Debêntures.
O título com maior representatividade, em termos de volume, nas emissões da empresa, são os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) — foram cinco CRAs que, juntos, somam R$ 6,4 bilhões. Para Gabriel Lopes, sócio que atua na área de originação e distribuição na VERT, um dos fatores que explica essa fatia expressiva é a representatividade do agro na economia brasileira. Atualmente, o agronegócio tem participação de mais de 27% no PIB do país. “Além disso, os investidores estão olhando cada vez mais para instrumentos que captam recursos para esse setor, por diversos fatores: volume, segurança, governança, incentivo fiscal e, claro, o retorno, dado o nível da taxa básica de juros”, declara.
Lopes também ressalta que um último grande motivo é o próprio arcabouço legal e regulatório do mercado de capitais. “Nós vimos ao longo dos anos uma agenda muita intensa de autorregulação e dos órgãos reguladores, com um olhar muito mais profundo, técnico e empático para o mercado de capitais e o resultado disso são várias inovações que culminaram no desenvolvimento do mercado. Um exemplo recente é o Fiagro (Resolução CVM n.39)”.
No boletim Anbima do mês de setembro, a instituição declarou que o novo instrumento para o segmento agro, o Fiagro (Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais), se mostra bastante promissor. “Faltando três meses para o encerramento do ano, esses fundos acumulam quase R$ 5 bilhões em captação por meio de oferta pública.”.
De acordo com dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), de agosto de 2022, o CRA corresponde a 16% da composição da carteira da categoria Fiagro - FIDC. Já no Fiagro – FII, o CRA é responsável por 46% da composição da carteira.
Em relação a agenda ESG, entre as emissões realizadas pela VERT no terceiro trimestre de 2022, está o CRA da ComBio — empresa que atua no mercado há 14 anos, e é protagonista no fornecimento de energia térmica renovável e biomassa em todo território nacional. A operação de R$ 200 milhões foi rotulada com título verde pela NINT por estar alinhada aos Green Bond Principles. Para Gabriel Lopes, o CRA Verde emitido para a ComBio reforça a posição de que o mercado de capitais está fornecendo cada vez mais espaço para empresas captarem recursos por meio de operações que possuem um grau de comprometimento alinhado à questões de Governança Ambiental, Social e Corporativa.
As debêntures também ocupam destaque nas emissões da VERT. Apenas entre os meses de julho e setembro, a empresa captou R$ 3,9 bilhões por meio desse título. Lopes explica que a procura por debêntures é maior porque possuem um tipo de estrutura que o mercado já conhece bem hoje em dia, “existe uma disseminação intensa de informações sobre esse instrumento, justamente com a intenção de educar o mercado, e essa iniciativa tem funcionado”.
O sócio da VERT também declara que, mesmo o CRA e a debênture ocupando posições de destaque no volume emitido, a escolha do instrumento é secundária. “Quando o cliente chega até nós, as preocupações são sempre as mesmas, e nós somos muito agnósticos em relação a isso. Para o nosso time, definir o instrumento é sobre olhar pontos positivos e negativos para o cliente em cada cenário, considerando o contexto do mercado específico em que ele atua e garantindo que seja a melhor escolha de estrutura para ele, colocando na mesa também apetite dos investidores”, explica.
O programa, lançado pelo Governo Federal, visou auxiliar na renegociação de dívidas das pessoas físicas, contribuindo para a diminuição do endividamento do país e na redução do percentual de inadimplência.
Dados recentes revelam que as mudanças climáticas representam uma ameaça para a economia brasileira, afetando a agropecuária e comprometendo a previsão crescimento para o país.
O Amazônia Viva é uma iniciativa como objetivo apoiar a bioeconomia da Amazônia, através de um mecanismo de financiamento misto, chamado blended finance.