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ESG

Cresce interesse por emissão de dívidas ESG para mercados emergentes, mostra FMI

5/5/2022

De acordo com levantamento, os títulos de dívidas ESG em mercados emergentes mais que triplicaram no ano passado

A emissão de dívidas vinculadas aos princípios ESG (environmental, social and governance) ou ASG, em tradução para o português (ambiental, social e de governança), está chegando com mais força aos mercados emergentes, segundo um relatório publicado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

De acordo com o levantamento, os títulos de dívidas ESG em mercados emergentes mais que triplicaram no ano passado e atingiram a marca de US$ 190 bilhões no ano passado. Os fluxos de fundos de ações relacionados à sustentabilidade também avançaram no período, para US$ 25 bilhões, elevando o total de ativos sob gestão para quase US$ 150 bilhões.

Os investimentos em ESG representam quase 18% do financiamento estrangeiro para mercados emergentes, — esse resultado exclui a participação chinesa, segundo o levantamento.

Além disso, o mercado de dívidas ESG em zonas emergentes cresceu não apenas em tamanho, mas também em outras dimensões. “Os títulos verdes continuam sendo uma parte essencial desse ecossistema, com volumes crescendo a uma taxa média de 20%. Para instrumentos sociais e outros relacionados à sustentabilidade, o crescimento atingiu quase metade da emissão total entre 2019 e 2021”, destacou o FMI.

Na América do Sul, a entidade mostrou que a atuação do Chile, onde a emissão de títulos ESG atingiu quase 12% do produto interno bruto nos últimos cinco anos.

Crescimento do financiamento privado

A entidade internacional também chamou a atenção para como o setor privado desempenhará um papel crucial na mitigação desses riscos e no fortalecimento do setor financeiro para nações que já sofrem com o aumento dos riscos climáticos e desafios de transição energética.

Apesar disso, o FMI chama a atenção para que a estabilidade financeira dos mercados como um todo seja avaliada de perto, principalmente diante de um contexto em que os bancos centrais das economias avançadas estão aumentando as taxas de juros e reduzindo a acomodação das políticas implementadas durante a pandemia.

Naiara Albuquerque

Palavras-chave

ESG, dívida, FMI, mercados, economias emergentes

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